domingo, 25 de março de 2012

Últimos progressos

As caixas d'água receberam anéis de cimento e agora estão totalmente enterradas

Colunas finalizadas



Base da piscina/muro dos fundos ficou pronta na semana que passou


O terreno também está sendo todo nivelado. Essa pedrona será usada na entrada da casa: ótimo que já esteja "bem na porta"!

Tem outra pedrona, que só aparece parcialmente na foto e está ao lado da "irmã", que vai continuar... bem, ao lado da irmã, na entrada

sexta-feira, 23 de março de 2012

domingo, 18 de março de 2012

"O homem do povo sabe construir, é arquiteto por intuição, não erra; quando constrói uma casa a constrói para suprir as exigências de sua vida; a harmonia de suas construções é a harmonia natural das coisas não contaminadas pela cultura falsa, pela soberba e pelo dinheiro.
Os homens médios não sabem construir. A pseudo cultura, o desejo de sobrepujar, e o dinheiro desfiguram o intento da arquitetura. A casa não reflete mais a vida, mas sim um conjunto de preconceitos, de aparências e convenções; a arquitetura burguesa torna-se assim a direta responsável pela insuficiência do homem contemporâneo.
Ali está a nossa casa. Simples, sem voltas, sem retórica. Uma casa em que os espaços foram cuidadosamente examinados, calibrados, pensados, não sobre a base da especulação da construção, mas sobre a base da solidariedade humana; uma casa onde é possivel viver, e principalmente pensar, onde há espaco para tudo, um espaço cuidadosamente dosado, que vai da cozinha dada como um laboratório químico, ao esconderijo para os barbantes e as rolhas usadas.
Senhores construtores, quando entendereis que experimentamos uma necessidade intensa de poesia, quando acabareis de nos dar a pílula dos frontõezinhos e das balaustradas para fazermos engolir a insuficiência moral das construções baseadas sobre a renda e o emprego?
No fundo, aquilo que o homem do povo faz é malcriação. É malcriação com aquilo que os arquitetos de hoje fazem".

Lina Bo Bardi, em Arquitetura Rural na Serra da Mantiqueira, estudo fotográfico de Marcelo Carvalho Ferraz


The common man knows how to build. He is an architect by intuition, and he makes no mistakes; when he builds a house he builds it to fulfil the requirements of his life; the harmony of his buildings is the natural harmony of things uninfluenced by false culture, by pride and by money.
The middle-class man does not know how to build. Pseudo culture, the desire to be ostentatious and money disfigure the architectural intent. The house no longer reflects life, but rather a set of biases, appearances and conventions; bourgeois architecture thus becomes directly responsible for the insufficiency of contemporary man.
Here is our house. Simple, with no frills and fancies, no rhetoric. A house in which the spaces were carefully examined, measured, thought out, not based on the cost of construction, but based on human solidarity; a house in which it is possible to live, and above all to think, where there is space for everything, space carefully portioned out, from the kitchen looking like a chemical laboratory to the hiding place for bits of string and used corks.
Builders, when will you understand that we have an intense need for poetry, when will you stop feeding us the placebo of cute little facades and balutrades to make us swallow the moral insufficiency of constructions based on income and employment?
In the long run, what the common man does is a disparagement. It is an affront such as that which today's architects make.